domingo, novembro 21, 2010

São Paulo Coisas e pessoas

O que São Paulo teve e ainda tem de bom.

















O primeiro prefeito de São Paulo
Até a proclamação da republica, São Paulo não tinha prefeitura. Os vereadores (ou deputados provinciais) eram os responsáveis pela administração municipal. Eleito indiretamente em 1899, Antonio da Silva Prado, foi o primeiro a ocupar o cargo de prefeito. Ficou no poder até 1911. Durante seus sucessivos mandatos, arborizou ruas e avenidas, remodelou o jardim da Luz, abriu a Avenida Angélica e construiu o Teatro Municipal.










O colecionador de Vozes
É o jornalista aposentado Luiz Ernesto Kawall, de mais de 80 anos, Um grande colecionador, O que ele gosta de colecionar, moedas, figurinhas, canetas? Que nada! O homem coleciona vozes. Em seu apartamento ele mantém mais de 3 mil registros em Lps, fitas cassete, VHS, e CDs. Seu estúdio (apartamento) batizado por ele de Vídeo Vozoteca LEK, seu acervo tem discursos de Hitler, e Lenin, entrevistas com Papas, transmissões radiofônicas de Copas do Mundo, Sons emitidos por peixes... De 1942, Kawall guarda a locução, feita por Geraldo José de Almeida, do primeiro gol de bicicleta marcado pelo craque Leônidas da Silva no Pacaembu. A consulta a vozoteca é gratuita, aos sábados entre 9 e 15 horas e pode ser agendada pelo telefone







Quem foi Carolina Maria de Jesus
Foi uma favelada e semi analfabeta nascida em 1914 e falecida em 1977, apesar de pouca cultura fez sucesso como escritora na década de 1960. Seu primeiro livro, quarto de despejo, narra à vida que levava como mãe solteira de três filhos na favela do Canindé. Esse livro foi traduzido para treze idiomas, vendeu mais de 100 mil exemplares. Carolina foi descoberta em 1958 pelo jornalista Audálio Dantas que publicou trechos de seu diário no jornal Folha da Noite. “O que ela escrevia era muito forte” lembra Audálio numa conversa falando sobre ela. No dia 13 de maio de 2005, foi inaugurada a Biblioteca Carolina Maria de Jesus no museu Afro - Brasil.



Colégio Elvira Brandão
No inicio do século existia o ensino de tradição. Os estudantes que quisessem entrar na Escola Normal Caetano de Campos tinham que passar por um concorrido teste de seleção. Para se prepararem, muitos por cursos como o ministrado pela professora Elvira Brandão (1870-1970) no porão de sua casa, Rua Major Sertório. Essas aulas, transferidas em 1930 para um prédio na Alameda Jaú (foto), foi o embrião do colégio Elvira Brandão, que comemorou seu centenário na metade da década de 2000. Pela escola que está hoje na Granja Julieta, passaram alunos como o medico Raul Cutait, a atriz Etty Fraser, o banqueiro Roberto Setubal, o empresário Antonio Ermírio de Moraes e o piloto Rubens Barrichello.






Escola Caetano de Campos.
Os alunos Mário de Andrade, Cecília Meireles, Sergio Buarque de Holanda e Guiomar Novais subiram diversas vezes as escadarias de mármor
e que levam ao 1º andar de um casarão neoclássico do centro. O histórico imóvel quase foi demolido nos anos 1970, por causa das obras do metrô. Felizmente sobreviveu.

Inaugurado em 1894 na Praça da republica como Escola Normal de São Paulo, transformou-se em colégio Caetano de campos quarenta anos mais tarde. Por um bom tempo foi à secretaria da educação, que produziu um dos espetáculos mais tristes da historia da educação quando o governador Mário Covas já com câncer foi agredido por “professor” com um mastro de bandeira de reivindicação salarial.

Padaria para cães?
Que os totós andam cheios de mimos todo mundo sabe. Mas por que esse chow-chow está em frente a uma vitrine repleta de pães, tortas e biscoitos? O que dá água na boc
a do cãozinho são os produtos confeccionados com mel, queijo, atum, banana e hortelã da Dog Bakery uma padaria especial para animais na Aclimação. Um dos produtos de maior sucesso são os bolos de aniversario. Segundo a chef Vanuza Salkys (isso mesmo, há até uma chef) nenhuma receita leva açúcar, sal ou conservantes químicos e, portanto, não faz mal aos clientes.

Basilicata, a padaria do Bixiga.
Quando foi inaugurada, há noventa anos,
a Basilicata tinha um pouco de tudo, Alho Macarrão, enlatados, cebola, vassouras... E, é claro, pão italiano, sua marca registrada. Cerca de 5.500 unidades por dia saem dos fornos da padaria, no mesmo endereço até hoje (Rua treze de maio, 614) A receita veio da região de Nápoles, no sul da Itália junto com o fundador, Domenico Laurenti. Atualmente, o comando do negocio está nas mãos da terceira geração de descendentes de Laurenti, o homem de Chapéu e suspensórios que aparece nesta foto, da década de 20, ao lado de clientes.


A padaria Basilicata nos dias de hoje ainda no mesmo endereço, Rua 13 de maio, Bela Vista, o popular Bixiga, seguindo a linha do fundador, servindo seus clientes, fabricando e vendendo no balcão e, entregando a domicilio o seu mais precioso produto, o pão italiano.


O primeiro estádio de futebol da cidade de São Paulo
Antes da construção dos estádios de Parque Antártica, Pacaembu e Morumbi, as grandes partidas de futebol eram disputadas em um antigo campo próximo a Rua da Consolação. Ali foi realizada a primeira final do Campeonato Paulista, em 1902, quando o São Paulo Athletic Club, time em que jogava o precursor do futebol Charles Miller, derrotou o Paulistano por 2 x 1. Um dos primeiros espaços esportivos da capital, o Velódromo também abrigava pista de bicicleta, quadra de tênis e tanque para a pratica de natação. O terreno foi desapropriado pela prefeitura em 1915 para a abertura da Rua Nestor Pestana. A partir daí, os jogos passaram a ser realizados no Parque Antarctica.

Morumbi o segundo endereço do São Paulo F C
No inicio dos anos 1950, o São Paulo já pensava seriamente em construir o seu estádio. A primeira tentativa de ter um terreno para tal se deu quando o terreno onde se localiza o Parque do Ibirapuera seria o escolhido, mas a prefeitura não aceitou doar o terreno. No fim de 1951 a diretoria conseguiu uma área de 145.000 metros quadrados numa região até então quase desabitada e distante do centro da cidade, e ali foi finalmente a área escolhida para erguer o estádio tão sonhado pelos tricolores. Há quem diga que o ex governador Adhemar de Barros dono daquela enorme área doou esse terreno ao São Paulo. O São Paulo tinha o Canindé área que dizem o São Paulo comprou de Alemães, nos anos 1940 que estavam deixando o país por perseguição política devido à segunda guerra mundial. Esse campo só servia para treinos. A pedra fundamental foi lançada no bairro do Morumbi no ano de 1953, e, no inicio de 1957 os jogadores já treinavam no seu futuro estádio, ainda em construção, mas com um o gramado pronto para receber seus craques que ficavam de boca aberta, ao ver aquele gramado verdinho, que o jogador Zezinho dizia que era uma verdadeira mesa de bilhar de tão certinho que era. Dali saiu os jogadores dia 27 de dezembro de 1957 a caminho concentração para o jogo decisivo contra o Corinthians no qual o São Paulo saiu vencedor por 3 x 1. Em 1960 o estádio estava parcialmente construído e levou o nome do ex. presidente Cícero Pompeu de Toledo falecido um ano antes, de ele ver o que ele mais trabalhou e almejou. Sua inauguração se deu no dia 2 de outubro de 1960, e seu jogo inaugural foi contra o Sporting de Portugal, e com o primeiro gol do estádio marcado pelo jogador Peixinho o São Paulo venceu por 1 x 0.

Usina Elevatória de Traição

Em uma de suas andanças rumo ao interior do estado, o bandeirante Borba Gato teria sofrido uma emboscada armada pelo próprio filho adotivo. A cilada aconteceu ás margens de um córrego que desaguava no Rio Pinheiros, que a partir desse dia ficou conhecido como o córrego da Traição. É ali, no ponto de encontro entre o córrego e o Rio, que esta localizada a Usina Elevatória de traição, responsável pelo bombeamento da água do Rio Pinheiros para a represa Billings, na zona sul, já que a caída di Rio é para o Tiete, e para se levar a água para Billings é necessário o bombeamento que a usina está naquele ponto. Morei por 36 anos 1951-1986, em frente a esse córrego, onde no dia 15 de Abril 1951, eu cai desloquei o ombro e fraturei o braço, ficando mais de dois meses com um aparelho com o braço dobrado já que pelo deslocamento do ombro não era possível gessar. Por onde passava o córrego hoje canalizado passa a Avenida dos bandeirantes.

Senzala da primeira fazenda de chá do país
Neste espaço todo revestido de pedras funciona um museu. No século XIX, no entanto, ali ficava a senzala da primeira fazenda de chá do País. Suas paredes chegam a ter 2 metros de espessura e grades de ferro que protegem as janelas. O aparato servia






para impedir a fuga de escravos. Construído pelo padre Antonio Feijó quando este era regente do Império, o local foi recuperado e hoje é uma das atrações da casa da Fazenda do Morumbi, que conta com 8.000 metros quadrados de área verde e um, belo jardim de, arvores centenárias.


Quem compra pombas no mercado da Cantareira?

A avícola Paco, que funcionava no centro da cidade há mais de 40 anos, era uma de algumas que se abasteciam dessas aves. Paco vende cerca de oitenta pombas por semana. Elas chegam de Pombais do Paraná e de Santa Catarina. Segundo o dono, Chineses são os que mais compram essas pequenas aves para comer, mas a maioria da clientela as usa em






despachos.






Qual é a linha de ônibus mais longa?
É a linha circular 3310 que parte do terminal Amaral Gurgel. Ao lado da estação Santa Cecília do metrô, cruza vários bairros da zona leste, da meia volta em Cidade Tiradentes e retorna a região central. Ao todo, são 103 quilômetros, percorridos em três horas, “O Corujão” como costuma ser chamado pelos passageiros, circula da zero hora até as 4,30. Anteriormente a linha de ônibus mais longa era o Penha-Lapa, de quando o transporte coletivo era ainda estatizado pela prefeitura através da empresa CMTC. Companhia Municipal de Transporte Coletivo.






O farol dos Rios Tietê e Pinheiros
Até a década de 30, a área onde está o bairro do Jaguaré pertencia ao arquiteto Henrique Dumont Villares. Ao lotear suas terras, ele escolheu o ponto mais alto para a construção de um farol com 23 metros de altura. A obra foi concluída em 1942, serviria para orientar a navegação nos rios Pinheiros e Tietê, alem de aviões que passassem por ali. Esse trecho dos rios, no entanto, nunca recebeu barcos. Em 1998, a sociedade Amigos do Jaguaré fez uma campanha para revitalizar o local, tombado pelo Patrimônio Histórico. O farol fica na Rua Salatiel de Campos.








O restaurante mais antigo da cidade.
Depois que o Carlino (1881-2002) (foto), fechou as portas, o titulo de restaurante mais antigo da cidade passou para a cantina Capuano, aberta em 1907 por imigrantes do Sul da Itália. Suas mesas, durante décadas, estiveram entre as mais freqüentadas de São Paulo. Era ali que animados oriundi e grupos de colegas se encontravam, como neste jantar de advogados em 1940 O vinho servido em copos comuns acompanhava pratos como fusilli ao sugo, cabrito e camarão ensopado. No inicio dos anos 1960, Francisco Capuano vendeu a casa para a família Luisi. Em 1968, o restaurante saiu da Rua Major Diogo e foi para a Conselheiro Carrão, na bela Vista onde funciona até hoje.






O hospital do Isolamento






Na década de 1870, São Paulo passou por uma forte epidemia de varíola. Para evitar a disseminação dessa e outras doenças contagiosas, foi criado o Hospital do Isolamento, na antiga Estrada do Araçá, atual Avenida Doutor Arnaldo. Como se acreditava que poderiam espalhar as moléstias, as enfermeiras eram obrigadas a morar no hospital que em 1932, passou a se chamar Emilio Ribas, homenagem ao ex. diretor do serviço Sanitário. O primeiro Pavilhão que aparece na foto, não existe mais. Depois de muitos anos convivendo com doenças como Malária, Meningite, e muitas outras moléstias que estavam sobre controle. O hospital Emilio Ribas começou a receber pessoas com uma nova moléstia que a princípio levava todos a morte a AIDS.



Como Nasceu o Hospital Samaritano









Durante uma hora de folga em 1933, três enfermeiras relaxavam no alto do hospital samaritano, em Higienópolis. A vista do vizinho Pacaembu revele um grande descampado, com poucas ruas e esparsas construções inaugurado em 1894, o hospital foi fruto da iniciativa do imigrante Chinês, José Pereira Achao. Protestante, ele teve de se converter ao catolicismo para ser atendido na Santa Casa de São Paulo, exigência comum na época. Anos depois, ao morrer, deixou uma herança para a igreja Presbiteriana levar adiante o projeto do Samaritano.





Como surgiu esse nome?
Não se trata de médico, advogado ou político. Essa Rua homenageia um antigo empregado da Chácara Itaim, área de três quilômetros quadrados que deu origem ao bairro do Itaim Bibi. Aquelas terras, frequentemente inundadas, pertenciam à família Couto de Magalhães. Um marco no desenvolvimento da região foi o ano de 1929, quando a Câmara Municipal da cidade de São Paulo, oficializou as primeiras Ruas abertas, a João cachoeira inclusive. Por existir outro Itaim na zona Leste, foi dado o nome de Bibi ao lado do nome Itaim, devido um dos herdeiros, Leopoldo Couto Magalhães Junior, usar um chapéu de dois bicos uma na frente e outro atrás que era chamado de bibi, o que motivou a colocação para não confundir os dois bairros, diferenciando do Itaim Paulista na zona Leste.
Como surgiu esse nome?
Até o inicio do século passado, alguns bairros da cidade eram chamados de freguesias. Uma delas se desenvolveu ao redor de uma igreja, construída pelo bandeirante Manuel Preto em homenagem a Nossa senhora. Na época de Natal, os fiéis revezavam as chamadas Antifonas de Vésperas, orações que começavam sempre com a interjeição “Oh”. Foi por causa disso que a região ficou conhecida como Freguesia do Ó.







Como surgiu esse nome?
A hoje importante Rua dos Jardins ganhou esse nome em 1925, quando o governo municipal decidiu prestar homenagem a então pequena cidade de Lorena, no interior de estado. Localizado a 190 quilômetros da capital, a aprovação era conhecida como Nossa senhora da Piedade de Epacaré. Em 1978, foi elevada a condição de vila, recebendo o nome de Lorena, em honra ao capitão-general Bernardo José de Lorena. Repleta de lojas sofisticadas a Alameda Lorena é atualmente uma das Ruas mais movimentadas dos Jardins.
Como surgiu esse nome?
No século XVI, a região era chamada de sitio do capão. Depois, tornou-se Chácara das Jabuticabeiras. Por volta de 1720, o proprietário daquele extenso matagal era conhecido como Antonio Bexiga. Ele levava esse apelido porque tinha cicatrizes de varíola. O nome pegou. Imigrantes, sobretudo italianos, começaram a se instalar por ali a partir de 1878, quando todos os terrenos foram colocados a venda.
Como surgiu esse nome?
No inicio do século XIX, parte de uma grande chácara localizada entre a Rua da Alegria (Atual Sebastião Pereira) e o Beco do Mata Fome (onde fica a Rua Araujo), no centro, servia como campo para exercícios militares. Os treinamentos eram comandados pelo tenente-general José Arouche de Toledo Rendon, dono do terreno. Em 1913, a área, já desapropriada pela prefeitura, recebeu o nome de Largo do Arouche. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, o militar foi também o primeiro diretor do curso Jurídico de São Paulo, embrião da Faculdade do Largo de São Francisco, em 1828.
Como surgiu esse nome?
O bairro apareceu no fim do século XIX, quando os imigrantes alemães Martinho Buchard E Victor Nothman, compraram uma serie de chácaras e criaram um dos primeiros loteamentos residenciais nobres da cidade. Ricos fazendeiros de Café, comerciantes e profissionais liberais instalaram-se ali atraídos pela boa localização e por um conjunto de melhorias de água, esgoto e gás. Foi por isso que a região ficou conhecida como “cidade da Higiene” ou Higienópolis.
OB: dados referentes até o ano de 2007. Pode haver alguma alteração, a partir dai.












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